quinta-feira, 20 de julho de 2017

Bico calado

Foto: Michelle Curley/Cincinnati Zoo via/AP

  • «Ligo e computador e encontro o candidato racista do PSD em Loures em tudo o que é jornal, congratulando-se pelo sucesso da sua estratégia. A publicidade que este oportunista tem tido não há dinheiro que pague nem cartaz que garanta. Das duas uma, ou Passos Coelho muda de atitude e ainda vai a tempo de retirar esta candidatura, ou arriscamo-nos a que o método do incitamento ao ódio racial como forma de ganhar votos pegue de estaca em Portugal. Nas próximas eleições, ou nestas ainda, teremos mais candidatos a autarcas a fazer este tipo de discurso, na segurança de que não serão afastados pelas lideranças partidáriasRui Tavares, FB.
  • «(…) Os movimentos anti-racistas têm feito o possível para tirar o carácter de classe às suas lutas, o que, infelizmente, é errado analiticamente e condena a luta anti-racista ao fracasso. Analiticamente é errado porque coloca na pele um problema que é desde logo e hoje sobretudo social, de classe – uma parte da sociedade é racista, mas uma parte muito maior, quem sabe maioritária, tem medo (e nojo) dos pobres, não por serem negros mas por serem pobres. É assim que modelos negras bonitas, um Obama inteligente, uma criança negra bem alimentada, vestida e limpa são acarinhados, mas se estas pessoas tiverem olhos exaustos, anémicos, roupas velhas, olhar esquivo, falta de higiene, ou seja, as marcas da pobreza na cara, são rejeitadas. Um interessante estudo internacional demonstrou aliás o mesmo em relação aos imigrantes – os que são rejeitados são só os pobres (…) Não tenho dúvidas que os movimentos anti racistas hoje não abraçam a tese do racismo/classe porque assim é menos polémico, mais aceitável para o Estado, deixa de ser uma luta de carácter económico e passa a ser uma reivindicação de direitos democráticos. Pura ilusão.» Raquel Varela, FB.
  • Foram detidos o presidente da federação espanhola de futebol, Ángel María Villar, e o filho, Gorka Villar, assim como o vice-presidente com o pelouro dos assuntos económicos, Juan Padrón por falsificação de documentos, corrupção e apropriação indevida de fundos. DN.

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